Coordenadoria-geral de repressão a drogas e facções está atrás de recursos do tráfico de drogas na eleição
A Coordenadoria-Geral de Polícia de Repressão a Drogas e Facções Criminosas da Polícia Federal (PF) está investigando o uso do dinheiro do crime organizado no financiamento de candidaturas a vereador em todo o País. A informação é do coordenador-geral do órgão, delegado Elvis Secco. "Já na Operação Ferrari, em 2013, (ela detectou R$ 100 milhões lavados pela facção), já tínhamos vereadores em cidades pequenas financiados pela facção. Sete anos depois, isso cresceu. A partir de agora vamos catalogar os vereadores eleitos com ligação com o tráfico", afirmou o delegado. De acordo com o delegado, o Primeiro Comando da Capital (PCC) já está infiltrado na política.De acordo com ele, o caminho de entrada da facção na política - além de patrocinar candidaturas - seria uma forma de ganhar dinheiro com fraudes em contratos públicos.
O esquema envolveria as organizações sociais abertas por criminosos como uma espécie de empresas de gaveta para serem usadas pelos bandidos no momento de fechar um contrato com os municípios. "As OSs são abertas por integrantes da facção para fraudar contratos com prefeituras pelo País."Segundo ele, doleiros que antes atuavam para lavar dinheiro da corrupção estão lavando do tráfico. "O PCC está com muito dinheiro. Eles são a elite do crime hoje no País", afirmou o delegado.
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